09 janeiro 2015

Conhecendo o Self-Healing


Márcia no centro com a turma e eu de camiseta branca com os novos amigos do Self-Healing

 
Há muitos anos meu pai, falecido há sete anos, ficou cego, vítima de um ataque fulminante de glaucoma, doença ocular que causa lesões no nervo óptico. Era um feriado quando acordou sem enxergar. Um médico do pronto socorro o examinou e atestou que a cegueira era irreversível. Meu pai era alfaiate e pintor. Olhei para o médico e garanti: Ele voltará a enxergar. O médico insistiu que não tivessemos esperanças. Levei-o a vários especialistas, o diagnóstico foi o mesmo. Um dos melhores cirurgiões em oftalmologia da época recusou-se a operá-lo para diminuir a pressão que não baixava com os colírios apropriados e lhe causava dores de cabeça fortíssimas, alegando que o globo ocular explodiria com o contato com o bisturi.

Meu pai era um estudioso da ciência espírita, eu descrente. Mas a pedido dele o levei a um centro de cirurgia espiritual no Rio de Janeiro, o Tupyara. Entrou não enxergando nada, tendo a mim como guia, e na saída teve uma visão do degrau da escada. Fiquei muito intrigada. Achei que podia ser ilusão, mas realmente havia uma escada no lugar que ele apontava. Fez mais de 20 cirurgias espirituais e aos poucos passou a ver sombras. Encontrei um médico jovem que aceitou correr o risco de operá-lo. Foi uma cirurgia bastante arriscada, mas ele conseguiu normalizar a pressão, abrindo caminho para uma segunda cirurgia de implante de uma lente alemã, que devolveu  a meu pai a visão de um dos olhos. Visão que conservou  até o último dia de sua vida.

Neste longo processo de recuperação conheci o trabalho de um ucraniano, Meir Schneider, que nasceu com catarata, astigmatismo e nistagmo, sendo declarado oficialmente cego aos sete anos de idade. Condição que ele nunca aceitou. Ao conhecer um método de estimulo visual do oftalmologista William Bates (1860-1931), dedicou-se com determinação aos exercícios para os olhos, aliando-os a técnicas de Yoga, automassagem e movimento. No livro que conta a sua história ele descreve um dos exercícios que me emocionou bastante. Jovem, se plantava diante de um prédio de apartamentos que não conseguia enxergar e imaginava os contornos do mesmo. Até o dia em que conseguiu, assim como meu pai com a escada, visualizar uma parte da janela.
Anos após recuperar a visão criou o método Self-Healing, obtendo absoluto sucesso em doenças consideradas incuráveis como a esclerose múltipla, distrofia muscular, poliomielite, artrite reumatóide, e demais males degenerativos. Recentemente, uma amiga querida foi diagnosticada com uma dessas doenças. Lembrei-me do método e fui pesquisar. Para minha grata surpresa descobri uma associação que aplica o método no Brasil e hoje fui participar de um encontro nas areias da praia de Copacabana. Os exercícios eram voltados para a melhora da visão e pude praticá-los sobre a orientação da instrutora, psicóloga e terapeuta Márcia Mackenzie. Acolhida pela turma, após uma hora praticando os exercícios de reeducação visual, tive consciência do quanto uso mal a visão física e como ela se tornou mais nítida, enxergando detalhes que mesmo com os óculos eu tinha dificuldade de perceber.
Quem quiser saber mais sobre o assunto:

O livro de Meir Schneider chama-se “Uma Lição de Vida”

O site de Márcia Mackenzie é www.marciamackenzie.com

E o do Self-Healing é www.absh.org.br
Por Wal Ferrão
 

 

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