07 junho 2019

O preço de uma vida


Marcela de Souza Oliveira foi morta com um tiro na cabeça para que bandidos pudessem roubar seu celular, vendido posteriormente nas redes sociais por R$ 200,00. O corpo da jovem de 26 anos foi encontrado no último sábado, 1º, em um rio de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Quem era Marcela? Segundo seu tio, o jornalista Renato Barone, a bacharelanda em direito era uma moça meiga, carinhosa, caseira e vinha se dedicando a estudar para concursos públicos. Marcela era amiga dos primos e era uma apaixonada pelos animais. Em sua carma dormiam seus bichinhos, um cachorro e um gato. “Quando ela encontrava um animal machucado na rua, o levava para casa. Cuidava dele e quando ele se recuperava, o devolvia de novo para seu habitat. Ela fazia isso até com passarinhos”, lembra Renato.

A família deixou a Zona Oeste e mudou-se para Vila de Cava, uma zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, há menos de 1 ano. O quarto de Marcela continua intacto. É uma maneira que a mãe, Maria Penha Oliveira, encontrou de matar as saudades da filha e tê-la presente. Em Vila de Cava, onde Marcela foi assassinada, seu pai julgava ser um local tranqüilo. “Eles deixaram a Zona Oeste na esperança desse local ser mais calmo. Infelizmente não há lugar calmo hoje em dia”, diz o tio.

Na semana passada, agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam Moisés Amorim da Silva, 18 anos, suspeito de participar do assassinato da estudante. O corpo da jovem foi encontrado cinco dias após desaparecer. Apesar da dor da perda da filha, os pais de Marcela estão esperançosos e muito gratos com o trabalho da polícia. “Gostaríamos de destacar o trabalho do delegado da DHBF, Moyses Santana. A equipe de sua delegacia é muito especializada e tem dado muita atenção para a família. O delegado garantiu que os criminosos serão presos. Tudo é uma questão de tempo e isso nos conforta muito", finaliza.

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