27 setembro 2020

Meninas brasileiras são as mais afetadas pela ansiedade na pandemia, segundo pesquisa


Como nosso público atendido no projeto de educação Gente do Amanhã, desenvolvido há uma década com o apoio da DKA Áustria é formado por adolescentes e jovens, eles estão dentro de uma estimativa da pesquisa "Vidas Interrompidas: O Impacto da Covid-19 na vida de Meninas e Jovens Mulheres" que foi lançada semana passada em evento da Assembleia Geral das Nações Unidas. Segundo o estudo, nove a cada dez moças, ou seja, 88% delas vêm sentindo níveis médios a altos de ansiedade como consequência da pandemia. Infelizmente, as meninas e jovens brasileiras foram as mais afetadas. 

O motivo? Se os brasileiros fossem alunos e a pandemia do Covid_19 uma prova de escola, que nota você acha que os estudantes – dos dirigentes a população -levariam? Numa faixa etária onde a interação social e o aprendizado são fatores necessários ao desenvolvimento e o bem estar, a péssima maneira como o país vem enfrentando a pandemia pode ter contribuído, e muito, para provocar esses índices de ansiedade.

Outros fatores apontados pelas meninas brasileiras entrevistadas – na faixa de 15 a 19 anos – foi o medo relacionado à saúde (33%), ao bem-estar de suas famílias (40%) e a perda da renda familiar (26%). A falta de acesso a computadores ou internet, impossibilitando o estudo, tem igualmente causado ansiedade em meninas de baixa renda. Assim como a impossibilidade de ir a escola ou faculdade, não poder sair as ruas normalmente e a falta de passear com os amigos. 

Além das brasileiras, a pesquisa, a maior até o momento sobre o impacto da pandemia nas meninas, ouviu 7 mil jovens em mais 13 países (Austrália, Egito, Equador, Espanha, Estados Unidos, Etiópia, França, Gana, Índia, Moçambique, Nicarágua, Vietnã e Zâmbia) .

É possível, a partir do alerta lançado pela pesquisa, amenizar ou reverter os efeitos da ansiedade entre nossas jovens? Deixe sua opinião e sugestões nos comentários.


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