17 julho 2010
Wesley, mais um número na estatística da vergonha
Hoje ouvi no noticiário da TV o pai do menino Wesley Gilbert Rodrigues de Andrade, 11anos, morto por bala perdida numa escola em Costa Barros, Rio de Janeiro, na última sexta, 16 de julho, a seguinte frase:
"Meu filho é só mais uma estatística do governo".
É vergonhoso, mas é a pura verdade!
Há mais ou menos uns dois meses encaminhei uma denúncia sobre o provável paradeiro de uma das crianças sequestradas que procuramos à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Um mes depois eu e a mãe da criança fomos lá cobrar o andamento da investigação. Esperamos o polícial responsável por uma hora e meia. A justificativa do atraso é que ele tinha sido designado para uma missão especial naquela manhã. A criança em questão não é especial. Ela é só a única razão de vida de sua mãe. Mas tudo bem! Ele chegou desculpando-se, muito constrangido por sinal. Explicou estar preocupado por que a CPI da Criança Desaparecida de Brasília está cobrando o andamento da investigação a nosso pedido e o nome dele está envolvido na cobrança. Mas que a função dele ele fez, que foi repassar a denúncia.
E o resultado dela? - cobramos. Qual o resultado da investigação?
Ele não soube explicar. Cobramos explicação de quem sabia. Ele foi tentar saber. Depois de 15 minutos, voltou dizendo que a explicação seria dada oficialmente a CPI. Isso já tem 15 dias. E até agora nenhuma explicação foi dada. Essa mãe espera há oito anos que a filha não seja mais um caso nas estatísticas da violência contra a criança.
Protestei no twitter a morte de Wesley. Se tem twitter, proteste você também! www.twitter.com/maesdobrasil
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