O texto de Anderson Di Rizzi sobre a dor bateu recorde de visitação em nosso blog. Foram 224 entradas em dois dias. Talvez as palavras tenham atraído as pessoas pelo mesmo motivo que atraiu a mim. No texto o ator demonstra – de forma muito singela - que aceitou o convite da dor, mergulhou nela e encontrou um sentido no sofrimento. Como fez outra artista, a Frida Kahlo, ao transformar sua dor em arte. Estou lendo o livro Como Deus Cura a Dor, de Mark W. Baker. Formado em psicologia e teologia, o autor sugere, em suas páginas, uma nova forma de enfrentar o sofrimento. Que procuremos entender a dor quando ela nos visita e a enfrentemos, ao invés de buscar mecanismos de escape. Diz um trecho do livro em que o Dr. Baker fala justamente sobre a dor: “Uma parte da vida de Jesus é representada por seu sofrimento e morte. Ele não tentou evitá-los, como a maioria de nós faria, mas os acolheu como um aspecto necessário de sua existência. Segundo Jesus, existe uma relação entre sofrimento e amor. Enfrentar o sofrimento com coragem desenvolve uma capacidade maior de amar e de levar uma vida feliz e cheia de significado. A felicidade não exclui o sofrimento, o que é bom, porque o sofrimento é inevitável. A felicidade depende da maneira como vamos sofrer. Foi isso que Jesus ressaltou em sua própria vida. Evitar o sofrimento não nos leva a uma vida mais feliz, mas a forma de enfrentá-lo conduz a uma vida mais significativa.” A vida inteira questionei o que teria motivado Deus a permitir o sofrimento de Jesus na cruz. Como também me questiono o motivo Dele permitir que mães tão amorosas como as que convivo sofram a dor do desaparecimento dos filhos. Quando meu falecido pai foi acometido de uma doença neurológica, que ao longo dos anos foi lhe roubando a consciência e os movimentos, tantas vezes questionei o motivo de Deus permitir tamanho sofrimento a uma pessoa boa como ele. Certa vez levei esse questionamento a um professor de educação religiosa que me respondeu: “Mais importante do que você entender é ajudá-lo a carregar sua cruz!” A dor toda hora nos visita. Se a enfrentarmos iremos aos poucos aprendendo o que Anderson disse em seu texto, “que com a benção de Deus, o autoconhecimento trará uma vida mais feliz.”
Por Wal Ribeiro
wal.ferrao@portalkids.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário