12 agosto 2013

O gigante em uma “partida social”


Nos últimos meses o Brasil esteve em foco. Sede da Copa das Confederações, o país recebeu todo o mundo, em prol do futebol. Mas isso não foi tudo.

Enquanto turistas do Brasil e do mundo aproveitavam o evento, milhões de pessoas compartilharam uma ideia diferente, uma ideia mais crítica, uma ideia de reivindicação. Milhões de pessoas se juntaram nas ruas e gritaram! Gritos desordenados, diferentes, mas gritos de gente. E em meio a isso tudo, algo tão bonito estava ameaçado.

Será que milhões de reais investidos para os estrangeiros terem uma boa impressão poderiam ir por água abaixo? Poucos achavam que não, então, algo deveria ser feito. Algum tempo se levou para alguém pensar em uma solução. Algum tempo, até a Entidade falar! Nossos representantes tremeram e as massas vibraram. 1x0 “Nós”!

Como um conto romântico a estória seguia a favor dos mocinhos, mesmo não preparados, simplesmente por serem de bom coração. Soou bonito, mas aqui é a vida real. Política é algo sério e, independente de qualquer opinião, é ADMINISTRAÇÃO. Em uma idealização do wii de concreto, tentaram, num coliseu gigante, controlar um gigante compartilhado. Mas se esqueceram de identificar as equipes e se comunicar entre elas. O resultado?


Enquanto um estendia a mão, o outro chutava. E ainda em paralelo, outros corriam. Claro que foi um fiasco, ele não pode se equilibrar. Ele não pode – mas deveria. O cenário mudou. O que era “algo bom”, no imaginário se tornou ruim, desnecessário e “burrice”. Há essa altura o jogo já estava ganho. Para o adversário: 10 x 0. E aquele placar favorável, 1 x 0, foi apagado como se nunca houvesse acontecido.
Como dizem os jogadores: “Infelizmente não foi dessa vez que saímos com a vitória, mas é trabalhar e resolver os problemas para buscar um melhor resultado”. Inspirador! Só que o problema é que talvez nossa próxima partida seja daqui há uns anos, quando o time em campo, de novo, não estará entrosado.

Por Nicolas Raline
nicolas.raline@portalkids.org.br

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