Uma reunião de sábios foi convocada para decidirem qual dos
Deuses era a suprema personalidade. Um dos sábios sugeriu fazer uma
pesquisa e procurou em primeiro lugar seu próprio pai, o Deus da Paixão, que o
recebeu cheio de alegria, mas enfureceu-se com a frieza do filho, que alegou
não querer afagos de um Deus ocupado com as emoções humanas. O Deus só não
reagiu com violência porque sua esposa lembrou que o sábio era seu próprio
filho.
O sábio então saiu em busca de seu irmão, o Deus da Ignorância. Quando o
irmão tentou abraçá-lo, também foi rejeitado pelo sábio, que alegou não desejar
afagos de um Deus que se ocupava em salvar ignorantes. Enfurecido, o Deus também
só não agrediu o irmão porque foi impedido pela esposa.
Sem paciência o
sábio, na presença do terceiro Deus, que era seu amigo, o agrediu com um
pontapé no peito. Ao invés de se enfurecer mais do que os outros pela agressão,
o Deus perguntou ao amigo como se encontrava seu coração e agradeceu por ter
limpado seu peito com o pé, pois assim poderia mais facilmente vislumbrar o
amor e aconchegar sua esposa em seu peito purificado. O terceiro era o Deus da
bondade.
De volta, o sábio contou sua experiência aos demais sábios que não
tiveram dificuldade em eleger a bondade como a personalidade suprema de Deus.
Os Deuses nessa fábula são representados pelos sentimentos. Qual Deus habita em
você?
Por Wal Ferrão
wal.ferrão@portalkids.org.br
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