19 fevereiro 2015

Meu filho cresceu. E agora?



Um filho muda radicalmente a vida de uma mulher que deseja ser mãe. A partir do nascimento cria-se um elo inquebrável, fundamental para a construção e manutenção física e psicológica de um ser humano. O filho precisa da mãe para se desenvolver e a mulher, ao exercer esse novo papel de formadora e condutora de uma vida, o coloca acima dos demais: esposa, profissional e individuo.

Esse apego mutuo entre mãe e filho vai até o período do que podemos chamar de desmame emocional. Ao chegar à adolescência o filho sente a necessidade de construir a própria identidade, busca independência e quer fazer as próprias escolhas.

A mãe, que abriu mão de boa parte de sua vida para viver em função do filho, se ressente desse afastamento e não aceita ser excluída. Tenta se manter no controle dos passos do filho com a alegação que não deseja vê-lo cometer os mesmos erros que cometeram. Mas é preciso aceitar que o filho cometerá os próprios erros e que aprenderá com eles, independente das tentativas de intervenção da mãe.

Ao invés de se apegar ao passado e tentar coibir a chegada do futuro, a adolescência do filho pode ser um momento especial para a vida da mãe. O momento em que ela também está mais livre e mais madura para se redescobrir e se reinventar, não só como individuo, mas como mulher e profissional. E acrescentar ainda um novo papel, a de amiga do filho.

 

 

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