Um filho muda radicalmente a vida de uma mulher que deseja ser mãe. A partir do nascimento cria-se um elo inquebrável, fundamental para a construção e manutenção física e psicológica de um ser humano. O filho precisa da mãe para se desenvolver e a mulher, ao exercer esse novo papel de formadora e condutora de uma vida, o coloca acima dos demais: esposa, profissional e individuo.
Esse apego mutuo entre mãe e filho vai até o período do que
podemos chamar de desmame emocional. Ao chegar à adolescência o filho sente a
necessidade de construir a própria identidade, busca independência e quer fazer
as próprias escolhas.
A mãe, que abriu mão de boa parte de sua vida para viver em
função do filho, se ressente desse afastamento e não aceita ser excluída. Tenta
se manter no controle dos passos do filho com a alegação que não deseja vê-lo cometer
os mesmos erros que cometeram. Mas é preciso aceitar que o filho cometerá os
próprios erros e que aprenderá com eles, independente das tentativas de
intervenção da mãe.
Ao invés de se apegar ao passado e tentar coibir a chegada
do futuro, a adolescência do filho pode ser um momento especial para a vida da
mãe. O momento em que ela também está mais livre e mais madura para se
redescobrir e se reinventar, não só como individuo, mas como mulher e
profissional. E acrescentar ainda um novo papel, a de amiga do filho.
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